Meu voar é luz nos
horizontes
em nuances impares,
meu pouso é seguro.
Eu sou feita de partes
inteiras de sentir.
Sou versos sem rimas de uma
poesia de amor.
Gosto de carinhos quentes,
gente morna e dissimulada
me estressa.
Gosto de falar e ser ouvida
com atenção.
E sempre procuro estar certa.
Gosto da minha casa,
da minha janela,
onde miro as montanhas verdes,
mesmo em dias sem chuvas.
As vacas pastando
tranquilamente
nos verdes existentes ali.
Dos meus amigos Poetas, e dos que
não são também.
Dos meus livros.
Dos meus filhos dos meus genros
e nora dos meus cachorros.
São lindos.
Da minha boca das minhas unhas
“Vermelho Maduro”.
Gosto do meu quarto onde
me aqueço
em noites de frio, e nas de calor
tenho minha solidão
para refrescar.
Ah... Adoro minha solidão!
Das noites em claro onde escrevo
meus versos, sou entusiasmada por mim.
Gosto da alvorada mesmo quando
não tenho nada para fazer.
Gosto da minha cozinha,
do meu armário da minha cadeira
de balanço, onde descanso
da vida na sua gangorra.
Gosto do meu carro.
Dos meus dias e de mim!
As minhas falhas e meus
medos guardo
bem trancados
em frascos bem fechados,
para que ninguém
os descubra.
Esses eu carrego bem
preservados
pois só a mim pertence.
São fantasmas que estou
a lutar com
todas minhas forças para
derrota-los.
Gosto enfim de me sentir segura
e de onde não quero sair.
Mas todos os meus segredos
entregarei
a quem um dia me completar.
Vou abraça –lo como se abraço
a chama.
Pois no fundo sou
uma menina
que chora e tem reversos,
mas
sempre gosto do meu umbigo.