Muitas partes de mim
perdem-se na procura do ideal,
na reta progressiva e sem fim
Ideal de amor... Ideal de vida.
Ideal... Mas o que seria ideal?
Essa onda de lamentos
a procura de discernimentos
por um ideal enfim.
Fracassei nessa procura só me restou
lamentos a ressoar no vento
Famintos por amor...
sedentos no calor ou na dor
Efêmero tudo é transitório
vago... Tênue... Sem cor
Num ideal irrisório
Não vou mais lamentar...
Vou para onde a vida me levar
Gritando aos ventos meus cacos.
Resolvi diminuir minha exaustão.
Deixar de remoer meus pedaços
Tomo hoje um vinho onde banho
minha alma desse ideal irreal
de um invadir surdo e estranho
como o fio da faca que rasga o ar.
No silêncio da verdade fatal
Que vai e volta como as ondas do mar
Que explora e fere de forma letal
Brindo viver a vida sem alarde
na forte mistura lasciva da realidade.
Tim... Tim!
Penélope Lsteak e Verinha Fagundes
Enviado por Penélope Lsteak em 06/02/2015
Alterado em 31/07/2019